KPP – quebrando barreiras do estigma – P1
Com uma prevalência nacional de HIV de 13,2%, (15 aos 49 anos de idade) estima-se que 2.243.966 moçambicanos vivam com HIV. Embora se saiba que a epidemia afecta a população no geral, os membros da população chave – Trabalhadores de Sexo (TS), Homens que fazem sexo com outros Homens (HSH), Pessoas que injectam drogas (PID) e Reclusos – e seus parceiros – contribuem com um aumento de novas infecções por HIV no país. Ou seja, o controle da epidemia no país não será possível sem a disseminação de métodos de prevenção, testagem e adesão ao tratamento da população chave.
A estigmatização e a descriminação da população chave impede que apopulação, aceda aos serviços de saúde, incluindo os serviços de prevenção do HIV.
Nos últimos anos, Moçambique tem envidado esforços para a criação e fornecimento dos serviços de saúde personalizados para cada grupo, no entanto, ainda é necessário preencher algumas lacunas para que resulte na redução significada de novas infecções neste grupo alvo.
A Fundação Ariel iniciou as suas actividades especificas para este grupo alvo nas 101 unidades sanitárias ( MP – 57 US, incluindo a Cadeia Juvenil de Boane, Maxima segurança de Maputo, Central de Maputo e Cadeia Feminina, CD 44 US incluindo cadeia de Mieze, BO e feminina) onde se encontra a trabalhar. A nível da US iniciou-se a oferta de um pacote de serviços para a população chave que inclui serviços de Aconselhamento Pré e Pós teste; testagem e retestagem do HIV; referências a serviços de prevenção (PrEP, CMMV, oferta de preservativos); aconselhamento para reforço da prevenção; e os serviços de Cuidados e Tratamento para o HIV. A nível da comunidade, e dentro da estratégia do caso índice, a Fundação Ariel incluiu um módulo específico para a população chave dentro do aplicativo “Infomóvel”. O Infomóvel é uma plataforma móvel que surgiu com o objectivo de reforçar a capacidade de avaliação de suspeita de TB e HIV, a nível da comunidade, por pessoal leigo, para a melhoria do acesso, seguimento e adesão dos pacientes nos cuidados clínicos de TB e HIV. O mesmo visa melhorar o acesso, o seguimento e a adesão ao tratamento da TB e/ou HIV apartir do caso índex identificado na Unidade Sanitária. Com a inclusão deste módulo específico para a população chave por forma a oferecer-lhes rastreio, identificação e ligação aos serviços clínicos na US.